14 de fev. de 2014

A MÍSTICA ESTÁ DE VOLTA! MAIS FORTE DO QUE NUNCA!



Para quem, como eu, acompanhou jogo a jogo aquele Grêmio de 1995 sabe que o momento atual tem semelhanças para lá de gritantes com o daquela época. E até mesmo algumas com a do Grêmio de 1983, ano do nosso primeiro caneco continental.

Para começar, o presidente do clube é o mesmo das duas conquistas anteriores: Fábio Koff.

Em seguida vem a mítica camisa 16: de Tarciso, o Flecha Negra, em 1983, de Jardel em 1995 e que agora ressurge envergada pelo raçudo paraguaio Riveros. Só o cara que fez nosso primeiro gol nessa Libertadores. E, a propósito, é paraguaio. Outra coisa em comum com o time de 1995 e, se levarmos em conta jogadores castelhanos em geral, é ponto comum também com o time de 1983.

Depois, o time sem grandes estrelas (incluindo o técnico), falível, com reforços da base, com aproveitamento de refugos, negócios de oportunidade e com melhorias que se fazem necessárias. Ponto também comum com os times de 1995 e 1983. Talvez muitos não saibam disso hoje por verem apenas vídeos com o melhores lances, por não serem nascidos ou serem crianças demais na época, mas é a pura verdade. Aqueles times também eram assim e, como o de hoje, poucos acreditavam neles.

As dificuldades, o temor e o respeito dos adversários também são pontos equivalentes. Desde o começo se diz que estamos em um “grupo da morte” e eu venho dizendo: só é “da morte” porque estamos nele. E é assim que nossos adversários nos veem: como um dos mais fortes e mais respeitáveis do grupo. Eles também nos temiam e nos respeitavam em 1995. Ontem, depois do jogo, vários jornais uruguaios banharam o Grêmio com palavras de respeito e admiração. E os adversários idem, declarando que “...não é fácil enfrentar o Grêmio...” e coisas do tipo. Ora, não se enganem: assim como em 1995, tal postura tornará nosso caminho mais árduo, pois todos jogarão suas vidas contra o Grêmio.

A raça gaucha, sem acento mesmo, pois me refiro à raça da qual o gaúcho brasileiro descende, que é a do campeiro castelhano, também se faz presente. Não só nos pés dos garotos gaúchos da base, mas também com os cinco estrangeiros castelhanos que temos no grupo. E a essa cultura se fundem jogadores de outras regiões do Brasil como Zé Roberto, Pará e Edinho que tanto quanto contribuem com seus estilos próprios, assimilam a raça gaúcha. Assim como aconteceu em 1995 e em 1983. E isso justifica o que noticiou o "Ovación" do Uruguai ontem: "Grêmio deixou sua marca...são aguerridos, marcam, às vezes com muita força...se diferenciam do resto do seu país, embora tenha o bom trato com a bola também como característica".

E a sorte? É decisiva, é claro! Lembro-me muito bem que após certas partidas de 1995 algumas coloridas me falavam: “levaram sorte!” ou “ganharam na cagada, heim!” ou coisas do gênero. E eu respondia: “não basta ser bom, tem que ter sorte. Time que só é bom não ganha título”. Ontem levamos a sorte de o árbitro errar a nosso favor ao não marcar pênalti com a mão de Barcos na bola. E creio que os árbitros virão com tudo para prejudicar os brasileiros nessa Libertadores pois, além de não termos representantes brasileiros na categoria, os brasileiros ganharam 6 das últimas 9 edições, as últimas 4 em sequência. Ou seja, se ganhar mais uma serão 7 em 10 (5 em sequência) e é notório que a Conmebol não vê isso com bons olhos. Mas o que importa é que nunca vi um time ser campeão sem uma boa dose de sorte. E a julgar por ontem, tomara que ela esteja ao nosso lado como esteve em 1983 e 1995.

Assim será nossa L.A.: difícil, suada, peleada contra tudo e contra todos. Podemos esperar que sejamos até roubados e agredidos, mas temos tudo para superar todas as dificuldades.

Eu acredito!

Saudações tricolores.

Fábio Guolo
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