24 de out. de 2013

Síndrome do “um ou nenhum”



Nos últimos 7 jogos pelo Brasileirão o Grêmio marcou apenas 1 gol por partida. No último jogo, o Gre-Nal, um dos nossos gols foi contra, portanto marcamos só 1. Há 8 jogos atrás, contra o Vitória, se não fosse o erro do bandeirinha teríamos marcado só 1, mas marcamos nenhum. No jogo anterior, contra o Santos, marcamos só 1 e no anterior, contra o Galo, nenhum. Contra o Náutico, na 20ª rodada, foi nosso último placar além do “um ou nenhum”. A isso, somam-se outros 12 jogos em que marcamos “um ou nenhum”. Para nossa sorte em alguns dos jogos em que marcamos 1 o adversário marcou nenhum e assim estamos em 2º na tabela. Caso tivéssemos marcado 1 a mais somente nos jogos que perdemos ou empatamos marcando "um ou nenhum" teríamos expressivos 19 pontos a mais na tabela e estaríamos, nós, liderando com folga. É para lamentar.

Mas já passaram três jogos desde o último post. Vamos a eles:


Gre-Nal:
Não há muito o que falar: foi a melhor partida entre os dois times que já vi. Os dois atacando, sem faltas muito duras e sem retranca exagerada. Não é porque sou gremista, mas acho que o Grêmio jogou melhor durante toda a partida. Nada que tire a justiça do 2 x 2. Atentem: marcamos só um, o outro foi contra.

Corinthians 1:
No jogo da semana passada, válido pelo brasileirão, ganhamos por 1 x 0. Sim, só um. Barcos recebe lindo lançamento de Maxi Rodrigues, domina no peito e guarda. O resto do jogo foi muito pegado, marcado, tanto por um time quanto por outro. No geral jogamos melhor que o rival, mas nada para encher os olhos. Ou seja, o que já estamos acostumados.

Corinthians 2:
Ontem, pela Copa do Brasil, Renato resolveu não escalar Maxi Rodrigues, o jogador que praticamente resolvera a vida do Grêmio no jogo anterior contra o “timão”. Para mim, um mal presságio. O jogo começou e logo o Grêmio mostrou que ia buscar o gol: criou boas oportunidades e Vargas perdeu gol feito. O segundo tempo continuou quase até o fim como o primeiro: Grêmio atacando, Corinthians defendendo. Até que Vargas perde outra oportunidade clara e como se não bastasse foi expulso minutos depois junto com Emerson Sheik por desentendimento infantil entre os dois. Desperdiçamos TODAS as incontáveis cobranças de escanteio que tivemos a favor. Chutes de fora da área? Nem pensar! Só quando Elano entrou no fim é que fez algo nesse sentido. E pensei: “pela teoria da urucubaca à flor da pele agora levaremos o gol e estamos fora”. Não aconteceu, ainda bem. Terminamos no 0 x 0 e fomos para os pênaltis. Dos males o menor, mas percebam que, mais uma vez, marcamos nenhum, a exemplo do jogo de ida.

Nos penais eu não esperava nada. Dida é pegador de pênaltis, é verdade, mas o outro lado tinha um ótimo goleiro também com fama de pegador nos times por onde passou nas séries de acesso. Além de tudo, não costumamos ter sorte nesse tipo de embate. Logo na primeira cobrança o temor se confirmou: Barcos perdeu, embora eu não esperasse que ELE fosse perder. Dida defende, a esperança sobrevive. Alex Telles manda na trave, outro em quem eu botava fé. Corinthians abre o marcador e vem o Pará bater. “Estamos fodidos”, foi o que pensei. Pará nunca foi dado a precisão. Ainda bem que errei, pois ele bateu no meio tão forte que a bola entrou mesmo sendo espalmada pelo goleiro. Antes tivessem, Barcos e Alex Telles feito o mesmo! Daí a muralha, Dida, levanta outra vez para pegar a cobrança pra lá de mal batida pelo Edenilson, que se dirigiu para a redonda nitidamente com medo. Elano, que sempre bateu bem, confirmou o seu. Alessandro idem. E veio Kleber Gladiador, outro que nunca teve a pontaria como ponto forte, e o medo se abateu sobre mim novamente. Mas ele bateu muito bem e converteu!

E para a última cobrança faço questão de abrir novo parágrafo: Alexandre Pato, colorado e sem grandes atuações pelo Corinthians foi para a última cobrança. O mesmo que Dida cansou de ver treinar no Milan. Nosso goleiro sabia o que esperar: uma bola no meio. Esperou e acertou: além de não buscar o canto Pato chutou tão mal e tão fraco que Dida se assustou por uma fração de segundo para, em seguida, encaixar a bola e dar a classificação para o Imortal Tricolor dos Pampas.

O que vocês acham?

Saudações tricolores.

Fábio Guolo
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