13 de ago. de 2013

Um tímido sorriso do Universo


Semana passada no blog do torcedor do Grêmio na Globo.com eu li o post do excelente Lucas Von sobre a teoria de o Universo ter se cansado do Grêmio. Ele falava das tantas vezes em que o Universo sorriu ao longo dos anos para nosso amado tricolor e o Imortal o ignorou, deu mole para o azar não aproveitando inúmeras chances de ganhar jogos contra times de menor expressão; não aproveitou tabelas e cruzamentos teoricamente mais fáceis em competições difíceis e por aí vai.


Naquele momento eu não pude contrariá-lo, pois mesmo que meu coração tricolor ignorasse, meu cérebro frio sabe que tudo o que ele disse é verdade. Está na história registrado em vídeos e dados, portanto é fato e ninguém precisa argumentar a respeito. Lembrei-me de quantas vezes me frustei ao assistir jogos em que sequer um empate seria admissível e perdemos. A lista é extensa e não é meu intento lembrá-la agora.

O que quero é ver uma luz no fim do túnel, um tímido sorriso do Universo para que, quem sabe dessa vez, o Grêmio não ignore o cortejo. E eu vi. No último Domingo eu vi. Eu apostava que perderíamos, afinal o Bahia é um time que vem bem no campeonato em comparação com o que se esperava dele antes do campeonato começar. Basta lembrar que foi massacrado diversas vezes no estadual desse ano pelo arquirrival. No entanto, nesse brasileiro eles reformularam tudo e vêm ganhando jogos difíceis. Para completar: a partida era na casa deles. Perderíamos e, por isso,  nem quis ver o jogo.

Eis que no segundo tempo Riveros se mete como dá entre dois zagueiros para cabecear uma bola quase perdida. Mas ele, paraguaio e raçudo como é, não admitiu a situação, negou-se a aceitar mais uma partida de marasmo. Bateu o pau na mesa, cerrou a faca entre os dentes e meteu a cabeça na bola e nos pés dos zagueiros. Gol do Grêmio que vislumbrava a primeira vitória fora. Riveros saiu do campo de maca, foi substituído e, depois, disse que sequer viu o gol. Mas VALEU RIVEROS. Era disso que precisávamos: dessa raça, garra, inconformidade com o momento ruim; de alguém que desse o algo a mais necessário ao sucesso.

Daí pra frente só melhorou para nós. Os baianos se assustaram, deram chances e uma cotovelada no Elano que lhes rendeu uma expulsão. Com um a mais nós atacamos mais ainda e aquele tímido e distante sorriso do Universo se mostrou no chute fraco do Maxi Rodrigues. Em qualquer outra ocasião a bola sairia, o goleiro ou um zagueiro a afastaria. Mas quis o Universo que aquela bola entrasse choramingando para avisar ao Grêmio: “Não te abandonei. És tu que não fazes tua parte”. E para corroborar isso veio o terceiro gol, mais fácil que os dois primeiros, que em outras oportunidades obscuras também iria para fora ou o goleiro pegaria, pois não tratava-se de bola indefensável.

Por tudo isso acredito que a paquera entre o Grêmio e o Universo pode render muitos mais bons frutos. Basta o Grêmio fazer a parte dele, pois o Universo já deu o primeiro passo. Ganhar em casa do líder Cruzeiro será o passo do Grêmio, a resposta como quem diz: “Também te quero e também senti tua falta”. Difícil? Sim, mas lembremo-nos que já desbancamos vários líderes em nossa casa e o mais recente não faz muito: o Botafogo há apenas algumas rodadas.

O que vocês acham? Opinem!

Saudações tricolores!

Fábio Guolo