Impossível escrever
qualquer coisa sobre o Grêmio hoje sem citar a retumbante vitória
de ontem sobre o Aimoré. Primeiro jogo dos titulares na temporada,
ainda que com alguns desfalques importantes. É claro que o Gauchão
não é um grande parâmetro, mas esse primeiro jogo já deixou claro
que a vontade do Grêmio para a temporada é muito maior, que a
tendência será a de atacar mais. Já ficou claro que Barcos será
outro com o esquema que o favorece, que Maxi está mais do que pronto
e que o excesso de descanso que Luxemburgo e Renato proporcionavam
aos atletas atrapalhava mais do que ajudava. Nunca vi, de forma
lícita, resultado sem trabalho (treinamento, nesse caso).
E o jogo que vi ontem
confirmou muitas das coisas que eu venho falando faz um ano. É
fácil, hoje, exaltar o Barcos, mas eu sempre o defendi e esse blog
está cheio de textos que comprovam. Kleber, pelo contrário, sempre
foi o lado improdutivo do ataque do Grêmio. Os números comprovam
que sempre foi mais improdutivo do que Barcos. Tanto que ontem só
marcou porque deixaram-no bater um pênalti sendo que já perdera no
primeiro tempo chances claras de gols além de, por ser fominha,
deixar de colocar Wendell na cara do gol em lance que se desenhava
claro.
Já o time B cumpriu
seu papel: ajudou o time A a se preparar melhor perdendo uma e
ganhado outra sem a mínima obrigação de nada. Apenas com a vontade
dos meninos de ter uma vitrine. Já o time A não fez nada além da
obrigação: treinou duro em uma pré-temporada classificada como
“infernal” por alguns e goleou no gauchão.
E para a Libertadores?
Não sei se poderemos
esperar goleadas para a competição continental, mas algumas coisas
eu sei que podemos esperar desse time para a temporada que se inicia
(podem anotar e me cobrar depois):
- Barcos começará a fazer muitos gols
- Maxi empilhará ótimas atuações, será convocado para a seleção Uruguaia e jogará a Copa
- Wendell mostrará que está no nível de Alex Telles, senão acima
- Edinho será destaque entre os volantes
- não sofreremos mais tanto contra times muito inferiores.
Quanto ao nosso grupo
da LA, tido como o “o grupo da morte” na competição, pensem: o
grupo só é “da morte” porque estamos nele. Senão, seria um
grupo normal. E justamente por ser um grupo difícil é que requer
mais atenção, mais preparo e mais entrega por parte dos jogadores.
Os treinos já estão pesados e, pelo jogo de ontem, já deu pra ver
que o nível de entrega é outro. Nunca fomos campeões de forma
fácil, nunca ganhamos com jogadores e técnico de renome no elenco e
nunca éramos favoritos quando ganhamos. O quadro está exatamente
assim nesse ano e considero tudo isso como ótimos presságios.
É cedo para julgar,
para fazer previsões? Talvez seja, mas pelo que vi ontem podem
esperar: o Grêmio desse ano será até mais ofensivo do que foi
ontem, pois não esqueçamos: Zé Roberto não jogou. Teremos um time
jogando para frente sem esquecer de marcar forte ou, pelo menos, um
time que busque isso a todo tempo.
E não é isso que todos
nós, gremistas, queremos?
Saudações tricolores.
Fábio Guolo
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