18 de nov. de 2013

A MAXIma culpa de Renato


No dia 1º de Julho eu escrevi um post sobre o, então novo, técnico gremista. Um trecho dizia assim:
"...não acho a melhor opção, pois o Renato segue o padrão de começar bem em todos os times que treina e, depois, decair de produção até ser demitido. Tanto é verdade que tem um único título como técnico: a Copa do Brasil de 2007 no comando do Fluminense". Fora os estaduais, que não valem nada, é claro.

É justamente a fase de decadência de produção de Renato que presenciamos agora. Sua vinda, sem dúvida, melhorou o time: nos alçou de postulantes ao rebaixamento a candidatos a títulos que não vieram e não virão neste ano, pois o time estagnou, como eu previra.

Muito se fala da fase ruim de Barcos, da reserva de Zé e Elano e tal. Eu não atribuiria a seca de gols e vitórias que vivemos a estas situações, mas exclusivamente a Renato Portaluppi e sua teimosia, pois é ele quem pode (e deveria) usar melhor as boas peças que tem a disposição.

O melhor exemplo? MAXI RODRIGUES! Em menos de meio tempo carregou o time nas costas ontem salvando-nos de mais um resultado indesejável. Ele deveria ser titular absoluto do time desde o primeiro jogo contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil. Inclusive, eu e o Felipe Martynetz apostávamos nisso quando fomos juntos, naquela semana, ao treino do Grêmio no CT da Graciosa aqui em Curitiba. “Ah, mas não está pronto”. Cara... vá cagar no mato com “não está pronto”! Quer dizer que Ramiro e Alex Telles estão prontos errando passes, lançamentos e cruzamentos bisonhos como têm feito? Pode ser que Maxi não esteja pronto, mas “mais pronto” do que os dois citados (e que outros) ele está! Com Maxi no time eu não tenho dúvida que Barcos melhoraria de produção, pois a seca do Pirata não é culpa dele e sim da falta de alguém que acerte os passes para ele e esse cara é o Maxi.

Zé e Elano? São bons jogadores, mas me perdoem, não concordo com toda a “pagação de pau” da mídia e torcida. A situação atual de ambos é essa: erram muito mais do que acertam e quem “paga pau” para eles, normalmente, se baseia em uma outra jogada que acertam. Se forem analisadas, por inteiro, as partidas em que atuam fica evidente que já não dão mais conta do recado: erram a maioria dos passes, chutam de menos a gol e quando chutam a pontaria tem sido falha. As poucas jogadas que acertam não têm sido suficientes para nos levar a vitórias, não têm sido decisivas. Correr igual a um moleque e não acertar mais nada não resolve. Na minha opinião, pela baixa produção em contraposição aos altos salários podem ser, ambos, dispensados/negociados ao fim do ano.

Outro é o Kleber. Voltou a ser o “bundeador” de sempre. Reparem quando ele pega a bola: a primeira reação é dar uma “bundada” para trás para proteger a posse de adversários que correm para marcá-lo e assim consegue cavar muitas faltas. Em algumas ele poderia sair da falta, avançar, dar o passe para um companheiro melhor colocado, mas não o faz. Ele PREFERE esperar o contato do adversário. SEMPRE. Resultado: é um atacante que não é driblador, não é matador, não é armador, não é cabeceador, não é finalizador. É um “bundeador” e uma "cavador de faltas" (o que também não nos adianta nada pela falta de precisão de nossos batedores). Quando faz gol é na “cagada”. Em resumo: outro que pode ser melhor aproveitado fora do Grêmio com seu alto salário sendo remanejado para jogadores com mais atitude.

E agora temos pela frente uma Ponte Preta desesperada para escapar do rebaixamento e um Goiás que vem voando na nossa cola. Por último a Portuguesa que, creio pela tabela, terá escapado da Zona de rebaixamento, estará classificada para a Copa Conmebol e não terá mais nada pelo que lutar. Assim espero, mas atentem para o fato de que ainda corremos sérios riscos de ficarmos fora da Libertadores do ano que vem.

Diante de todas essas constatações lógicas que saltam aos olhos em todos os jogos será que Renato insistirá em armar o time só para se defender? Espero que não.

O que vocês acham?

Saudações tricolores.

Fábio Guolo
.


.