Passada a primeira prova de fogo de 2014, hoje é dia da
segunda. A estreia tricolor na Libertadores é, curiosamente, contra outro
tricolor – e clube-irmão: o Nacional de Montevidéu, tricampeão da América. O
grupo 6 (que, verdade seja dita, está mais para “666”) do torneio, além de
Grêmio e Nacional, é composto por Newell’s Old Boys, provavelmente o time mais
técnico da competição e semifinalista da edição anterior, e Atlético Nacional
de Medellín, adversário sobre o qual o
Grêmio conquistou o bicampeonato da Libertadores, em 1995. Portanto, quatro
clubes repletos de tradição.
O Gre-Nal do último domingo já legou algumas impressões para
o desafio de hoje à noite. Se, por um lado, Pará não vem bem e o sistema
defensivo, diferentemente do Grêmio de Renato, tem “feito água”, por outro, afirmações
individuais como Wendell e Luan, além do crescimento de produção de Barcos, são
aspectos altamente positivos a serem ressaltados. Marcelo Grohe, conforme
escrevi há algumas semanas, tem mostrado por que já merecia a titularidade no
gol gremista havia tempos.
O time titular deve ser o mesmo que iniciou o clássico:
Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Werley e Wendell; Edinho, Riveros, Ramiro e Zé
Roberto; Luan e Barcos. Boas opções de banco, como Maxi Rodríguez – responsável
pela bela jogada que originou o pênalti convertido por Barcos no Gre-Nal – e Jean
Deretti, podem ser de grande valia conforme a dificuldade do jogo de hoje. O
Parque Central, que comporta 25 mil pessoas, diferentemente das 60 mil do tradicionalíssimo
Centenario, certamente será um caldeirão no qual o time de Enderson Moreira
terá de se desdobrar para sair vivo.