Certo é que na era Luxemburgo o time inteiro
vivia um marasmo que dava dó. Ou raiva. Ou as duas coisas, no meu
caso. Parecia que só Elano e Zé Roberto jogavam bem e, fora eles,
ninguém fazia nada que prestasse. Era comum o time sair ganhando e
ceder o empate, muitas vezes, para times de expressão bem menor que
a do Grêmio ou que passavam por fase terrível da qual deveríamos
ter nos aproveitado.
Pois foi só Portaluppi assumir e as diferenças
já aparecem: além dos jogadores que já vinham bem receberem uma
visível injeção de ânimo, os que vinham mal melhoraram muito.
Casos de Kleber "bundeador" que aos poucos volta a ser
"gladiador"; Barcos que marcou na penúltima partida depois
de um jejum horroroso e Vargas. Este, para mim, teve a melhora mais
expressiva: saltou de coadjuvante a um dos principais jogadores.
Justamente o setor onde o Grêmio mais investiu e que conta com os
atletas de maiores salários, o ataque, começa finalmente a
desencantar.
Agora vejamos as diferenças básicas entre a era
Luxa e a era Renato em poucas palavras:
Antes: saíamos ganhando, recuávamos e cedíamos
o empate ou até mesmo a vitória ao adversário.
Agora: contra o CAP saímos perdendo e buscamos um
empate na casa deles. Contra o Bota, líder do campeonato, marcamos
antes e não recuamos. Tomamos o empate pela genialidade de Seedorf e
mesmo sofrendo investidas do ótimo adversário não nos intimidamos.
Desempatamos ainda no primeiro tempo e, no segundo continuamos
tentando atacar.
Mas o mais importante foi a eficiência em não
ceder o empate e sair com os 3 pontos em casa. Diferenças que saltam
aos olhos. Antes tarde do que nunca! Ufa!
Saudações tricolores!
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