Nos últimos 7 jogos
pelo Brasileirão o Grêmio marcou apenas 1 gol por partida. No
último jogo, o Gre-Nal, um dos nossos gols foi contra, portanto
marcamos só 1. Há 8 jogos atrás, contra o Vitória, se não fosse
o erro do bandeirinha teríamos marcado só 1, mas marcamos nenhum.
No jogo anterior, contra o Santos, marcamos só 1 e no anterior,
contra o Galo, nenhum. Contra o Náutico, na 20ª rodada, foi nosso
último placar além do “um ou nenhum”. A isso, somam-se
outros 12 jogos em que marcamos “um ou nenhum”. Para nossa sorte
em alguns dos jogos em que marcamos 1 o adversário marcou nenhum e assim estamos em 2º na tabela. Caso tivéssemos marcado 1 a mais somente nos jogos que perdemos ou empatamos marcando "um
ou nenhum" teríamos expressivos 19 pontos a mais na tabela e
estaríamos, nós, liderando com folga. É para lamentar.
Mas já passaram três
jogos desde o último post. Vamos a eles:
Gre-Nal:
Não há muito o que
falar: foi a melhor partida entre os dois times que já vi. Os
dois atacando, sem faltas muito duras e sem retranca exagerada. Não
é porque sou gremista, mas acho que o Grêmio jogou melhor
durante toda a partida. Nada que tire a justiça do 2 x 2. Atentem:
marcamos só um, o outro foi contra.
Corinthians 1:
No jogo da semana
passada, válido pelo brasileirão, ganhamos por 1 x 0. Sim, só um.
Barcos recebe lindo lançamento de Maxi Rodrigues, domina no peito e
guarda. O resto do jogo foi muito pegado, marcado, tanto por um time
quanto por outro. No geral jogamos melhor que o rival, mas nada para
encher os olhos. Ou seja, o que já estamos acostumados.
Corinthians 2:
Ontem, pela Copa do
Brasil, Renato resolveu não escalar Maxi Rodrigues, o jogador que
praticamente resolvera a vida do Grêmio no jogo anterior contra o
“timão”. Para mim, um mal presságio. O jogo começou e logo
o Grêmio mostrou que ia buscar o gol: criou boas oportunidades e
Vargas perdeu gol feito. O segundo tempo continuou quase até o fim
como o primeiro: Grêmio atacando, Corinthians defendendo. Até que
Vargas perde outra oportunidade clara e como se não bastasse foi
expulso minutos depois junto com Emerson Sheik por desentendimento
infantil entre os dois. Desperdiçamos TODAS as incontáveis
cobranças de escanteio que tivemos a favor. Chutes de fora da área?
Nem pensar! Só quando Elano entrou no fim é que fez algo nesse
sentido. E pensei: “pela teoria da urucubaca à flor da pele agora
levaremos o gol e estamos fora”. Não aconteceu, ainda bem.
Terminamos no 0 x 0 e fomos para os pênaltis. Dos males o menor, mas
percebam que, mais uma vez, marcamos nenhum, a exemplo do jogo de
ida.
Nos penais eu não
esperava nada. Dida é pegador de pênaltis, é verdade, mas o outro
lado tinha um ótimo goleiro também com fama de pegador nos times
por onde passou nas séries de acesso. Além de tudo, não costumamos
ter sorte nesse tipo de embate. Logo na primeira cobrança o temor se
confirmou: Barcos perdeu, embora eu não esperasse que ELE fosse
perder. Dida defende, a esperança sobrevive. Alex Telles manda na
trave, outro em quem eu botava fé. Corinthians abre o marcador e vem
o Pará bater. “Estamos fodidos”, foi o que pensei. Pará nunca
foi dado a precisão. Ainda bem que errei, pois ele bateu no meio tão
forte que a bola entrou mesmo sendo espalmada pelo goleiro. Antes
tivessem, Barcos e Alex Telles feito o mesmo! Daí a muralha, Dida,
levanta outra vez para pegar a cobrança pra lá de mal batida pelo
Edenilson, que se dirigiu para a redonda nitidamente com medo. Elano,
que sempre bateu bem, confirmou o seu. Alessandro idem. E veio Kleber
Gladiador, outro que nunca teve a pontaria como ponto forte, e o medo
se abateu sobre mim novamente. Mas ele bateu muito bem e converteu!
E para a última
cobrança faço questão de abrir novo parágrafo: Alexandre Pato,
colorado e sem grandes atuações pelo Corinthians foi para a última
cobrança. O mesmo que Dida cansou de ver treinar no Milan. Nosso
goleiro sabia o que esperar: uma bola no meio. Esperou e acertou:
além de não buscar o canto Pato chutou tão mal e tão fraco que
Dida se assustou por uma fração de segundo para, em seguida,
encaixar a bola e dar a classificação para o Imortal Tricolor dos
Pampas.
O que vocês acham?
Saudações tricolores.
Fábio Guolo
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